Embora as mulheres sejam maioria entre os concluintes do ensino superior no Brasil, sua presença nos cursos da área tecnológica ainda é bastante reduzida. A preferência feminina segue concentrada em áreas como saúde e humanas, enquanto cursos de engenharia e computação seguem sendo majoritariamente ocupados por homens. Na UERJ, essa desigualdade se evidencia: nos cursos de computação do Instituto Politécnico (Nova Friburgo) e do Instituto de Computação (Rio de Janeiro), apenas cerca de 13% dos alunos matriculados são mulheres, refletindo um cenário nacional de disparidade de gênero nas ciências exatas e tecnológicas.
Entre os obstáculos enfrentados pelas alunas para ingressar nesse campo, destaca-se a falta de confiança em suas habilidades tecnológicas, muitas vezes reforçada pela ausência de modelos femininos na área e por estereótipos socioculturais. Para enfrentar esse desafio, o projeto propõe a realização de oficinas práticas de programação voltadas a alunas do ensino médio da rede pública, com o objetivo de desenvolver o raciocínio lógico e introduzir conceitos básicos de computação de forma acessível e motivadora.
Além disso, serão desenvolvidos circuitos de divulgação e conscientização em escolas estaduais e municipais de Nova Friburgo, além da produção de podcasts voltados à discussão sobre mulheres na tecnologia e o papel transformador da educação digital. As ações serão amplamente divulgadas por meio de redes sociais e espaços acadêmicos.
A iniciativa está alinhada ao ODS 5 – Igualdade de Gênero, ao promover o empoderamento feminino em uma área estratégica, e ao ODS 4 – Educação de Qualidade, ao proporcionar oportunidades inclusivas e equitativas para o acesso ao conhecimento em computação.
Coordenador: Fernando Rodrigues Trindade Ferreira
Despertando o Talento Feminino na Computação: Oficinas de Programação para Estudantes do Ensino Médio
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